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A Trajetória
de Elza Soares

Filha do operário e violonista Avelino Gomes Soares e da lavadeira Rosária Maria Gomes, Elza Soares nasceu na favela da Moça Bonita, em Padre Miguel (hoje Vila Vintém), e ainda pequena mudou-se para o bairro da Água Santa, onde foi criada. Em sua infância vivia a brincar na rua, soltar pipa, piões de madeira, até brigar com os meninos. Era uma vida pobre, desde muito cedo Elza teve que trabalhar, levando latas d'água na cabeça. Aos doze anos de idade, por ordens do pai, casou-se com Lourdes Antônio Soares, conhecido como Alaúrdes, e cerca de um ano depois deu à luz seu primeiro filho, João Carlos.

 

Em 1953, seu filho se encontrava muito doente e Elza não tinha dinheiro para lhe comprar os remédios, decidiu participar do programa Calouros em Desfile, comandado pelo célebre compositor e radialista Ary Barroso, que oferecia prêmios a quem ganhasse a nota 5. A vida era dura para a a menina e seus 45 kg denunciavam os perrengues sociais vividos por ela e sua família na época, inclusive Elza não tinha roupas para se apresentar, para isto pegou roupas de sua mãe e diversos alfinetes para prender os excessos de pano, além de suas sandálias "mamãe to na merda".

 

"Lama", canção composta por Paulo Marques e Ailce Chaves, foi o samba escolhido, ela fez sua primeira apresentação ao vivo no auditório da emissora, que era a maior de seu tempo. A princípio não foi levada a sério, por seu jeito bem humilde de falar e se vestir, o que levou o apresentador a perguntar irônicamente a ela "De que planeta você veio?", ao que Elza respondeu corajosa "do planeta fome". Apesar deste momento de chacota por parte do apresentador, Elza não se abalou e ao cantar mostrou todo seu potencial. Para a surpresa dos presentes, daquela aparente garota mirrada saiu um mulherão enérgico que, com sua voz, calou a boca dos que dela riram.. Ao final da música Ary Barroso a abraçou e disse: "Senhoras e senhores acaba de nascer uma estrela". Assim, ganhou o prêmio de participação e comprou os remédios do filho.

 

Os filhos vieram numerosos e também se aumentavam as dificuldades: aos quinze anos seu segundo filho faleceu. Com o marido doente, acometido por tuberculose, passou a trabalhar como encaixotadora e conferente na fábrica de sabão Véritas, no Engenho de Dentro. Aos 21 anos ficou viúva, com cinco filhos para criar, quatro meninos e uma menina. Porém, seguiu em seu propósito de vida, que era cantar.

"A vida me levou para o samba, ela sabe o que faz. O que tem que ser está escrito, não tem como fugir. Cabe a nós sabermos abraçar e amar o que fazemos"

   Com 20 anos aproximadamente, fez seu primeiro teste como cantora, na academia do professor Joaquim Negli, sendo contratada para cantar na Orquestra de Bailes Garan e a seguir no Teatro João Caetano. Em 1958, foi a Argentina com Mercedes Batista, para uma temporada de oito meses, cantando na peça Jou-jou frou-frou. Quando voltou, fez um teste para a Rádio Mauá, passando a se apresentar de graça no programa de Hélio Ricardo, foi assim que, por intermédio de Moreira da Silva, que a ouviu nesse programa, foi para a Rádio Tupi e depois começou a trabalhar como crooner da boate carioca Texas, no bairro de Copacabana, onde conheceu Silvia Teles e Aluísio de Oliveira, que a convidou para gravar.

   No seu primeiro disco, gravado em 1960, pela Odeon, cantou Se acaso você chegasse (Lupicínio Rodrigues e Felisberto Martins), alcançando logo grande sucesso. Esse samba fez parte de seu primeiro LP, com o mesmo titulo da música. Então, a seguir o suceso inicial, foi para São Paulo - SP, para trabalhar no show Primeiro festival nacional de bossa nova, no Teatro Record e na boate Oásis, em pouco tempo era acabaria gravando seu segundo LP, A bossa negra. 

Mudou-se para São Paulo, onde se apresentou em teatros e casas noturnas, sua voz rouca e vibrante tornou-se sua marca registrada.

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Após terminar seu segundo LP, A Bossa Negra, Elza foi ao Chile representando o Brasil na Copa do Mundo da FIFA de 1962, como Madrinha da Seleção, onde conheceu pessoalmente Louis Armstrong. Sobre este episódio, ela conta: "me levaram ao camarim dele, aquela coisa toda. E veio aquele negão. E ele dizia: "Yeeaaah!" Eu olhava... Que coisa é esta? Não entendia nada de inglês. E o negão lá: "Yeaaah!!! my doctor!" O que é isso? Ainda me traz aqui e me chama de doutora, pô! E ele: “Yeah, doctor”. Eu falei: “Por que está me chamando de doutora, cara? Você não viu que eu me chamo, Elza”?  E eu acho que o cara pensou que eu estivesse brincando. Ele disse: “Você não sabe o que quer dizer doctor”?  Falei: “Doctor, eu sei, é doutora”. E ele: “Não, daughter in English”, quer dizer filha”. Eu digo: “Não tem nada a ver, doutor!" Agora vai lá e faz um carinho no cara. Eu digo: “Começo por onde?" Parecia um armário, “faz um carinho no cara”! Eu digo: “Começo por onde, meu Deus do céu”! [risos] “Vai lá, faz um carinho nele e chama ele de “my father!”. Eu digo: “Não, aí não, agora pega”. “Como é que eu vou chegar perto do cara e dizer: “my father”? [risos] Ele disse: “Mas você não sabe o que quer dizer isso”? Eu disse: “Lógico que eu sei o que quer dizer father, todo mundo sabe, só não vou chamar o cara para mim, pô”. Ele disse: “Não, vai e diz isso daí que ele vai gostar muito”! Falei: “Olha, que eu vou dizer agora, logo agora”. E cheguei perto dele e disse assim: “My... father!” E ele disse: "Yeeeaaahh!" E eu digo: “Ele gostou da coisa”, agora o que é que eu disse pra ele”? “Você chamou ele  de pai”. E eu disse: “É, tem a ver, father e filha!” Assim que eu conheci o Louis Armstrong. Foi uma paixão, que ele queria que eu fosse embora com ele, mas não tinha possibilidade.

Nessa mesma viagem aos 25 anos conheceu o jogador de futebol Garrincha, Elza sofreu preconceito com esse relacionamento por ser uma cantora de início de carreira e que se envolveu com um jogador de futebol que havia se divorciado para estar ao seu lado, causando a fúria da sociedade. Elza era xingada, ameaçada de morte, sua casa era alvejada por ovos e tomates, tudo porque seu namorado quis se divorciar da esposa e todos a acusavam de ter acabado com o casamento de Garrincha.

 

Nos anos de 1967 a 69, Elza gravou três álbuns LP pela Gravadora Odeon, com o cantor Miltinho Elza, Miltinho e Samba – Vol.1 (1967), Vol.2 (1968) e Vol.3 (1969), Esses discos tinham, majoritariamente, o esquema de pot-pourri em duetos e caíram no gosto de público e crítica, levando a uma trilogia de sucesso; tiveram produção de Milton Miranda e Hermínio Bello de Carvalho, sendo, posteriormente, todos relançados em 2003 pela EMI em CDs.

 

Apresentou-se, em 1967, no Teatro Santa Rosa, no show Elza de todos os sambas, e, novamente pela Odeon, gravou em 1969, o LP Elza, Carnaval & Samba, cantando sambas-enredo, como Bahia de todos os deuses (João Nicolau Carneiro Firmo, o Bala, e Manuel Rosa) e Heróis da liberdade (Silas de Oliveira, Mano Décio da Viola e Manuel Ferreira).

 

Em 13 abril de 1969 mais uma dura perda: Rosária Maria Gomes, mãe de Elza, morreu num acidente de carro em que Garrincha e a filha pequena Sara também estavam. Garrincha  dirigia um Galaxie pela Rodovia Presidente Dutra quando foi fechado por um caminhão que entrava em baixa velocidade na pista. Todos se machucaram sem gravidade, mas Dona Rosária morreu na hora (foi arremessada para fora do carro).

''Tem que beijar a lona pra vencer a luta, NINGUÉM vence a luta sem antes beijar a lona"
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Em 1970, Elza e Garrincha foram exilados para a Itália, sendo expulsos do Brasil após receberam uma carta que os informava que tinham 48 hrs para deixar o páis. Após se instalarem em Roma, Elza realziaou turnes pelo país, apresentou-se no Teatro Sistina, gravou em italiano as músicas Que maravilha (Jorge Ben e Toquinho) e Mascara negra (Zé Kéti). Nesse mesmo ano, gravou o LP Sambas e mais sambas pela Odeon, onde interpretou músicas como Maior é Deus (Fernando Martins e Felisberto Martins) e Tributo a Martin Luther King (Wilson Simonal e Ronaldo Bôscoli).

 

De volta ao Brasil, em 1972, lançou pela mesma gravadora o LP Elza pede passagem, onde interpretou Saltei de banda (Zé Rodrix e Luís Carlos Sá) e Maria-vai-com-as-outras (Toquinho e Vinícius de Morais), e apresentou-se no teatro carioca Opinião com o show Elza em dia de graça. Ainda nesse ano, passou uma temporada realizando um show no navio italiano Eugênio C, fez um espetáculo de duas semanas na boate carioca Number One, cantou no Brasil Export Show, realizado na cervejaria Canecão, do Rio de Janeiro e recebeu o diploma de Embaixatriz do Samba, do conselho de música popular do Museu da Imagem e do Som, do Rio de Janeiro.

 

Em 1973, gravou o LP Elza Soares, pela Odeon, cantando Aquarela brasileira (Silas de Oliveira) e Pranto de poeta (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito); além de se apresentar no show Viva Elza, que estreou no T.B.C., na capital paulista e que depois foi levado em vários estados do país.

"Não tenho medo da morte porque acho que não vou morrer: Vou virar purpurina"

Elza Garrincha teve apenas um filho, um menino nascido em 1976, que o jogador queria tanto, pois só teve filhas mulheres com a outra esposa. O garoto recebeu o mesmo nome de seu pai, Manoel Garrincha dos Santos Filho, sendo apelidado de Garrinchinha, uma imensa felicidade instaurou-se na vida do casal.

​Em 1980 lançou "Negra Elza, Elza Negra" e teve em destaque sua fase roqueira, onde trabalhou na boate paulista Madame Satã no show "A vingança será maligna", ao lado do grupo de rock Os Titãs.

 

Em 1983 Garrincha morreu de cirrose, o que a fez ficar arrasada, mesmo já estando separada dele há mais de 4 anos, apesar de tudo Garrincha fora seu grande amor. (Um fato curioso foi quando a diva chegou a raspar a cabeça para pagar uma promessa que ela fizera para que ele deixasse de beber e conseguisse voltar a jogar). 

 Em 1984, sem busca por seus shows, sem discos e sem contrato, estava decidida a parar de cantar,  foi até Caetano Veloso pedir ajuda, este prontamente a proibiu de desistir daquilo que era seu grande dom - cantar, assim, a convidou para gravar a canção "Língua" no disco "Velô", a dupla fez um grande sucesso, trazendo Elza novamente para as paradas .

 

Em 1985, Elza gravou o disco "Somos todos iguais" produzido por Caetano Veloso e Lobão, repleto de novos ritmos e parcerias, colocando a diva nos palcos e jornais de todo Brasil. Entretanto, em 11 de janeiro de 1986, outra tragédia imensurável ocorreu em sua vida: seu filho Garrinchinha morreu em um acidente de carro, aos 9 anos de idade, voltando da primeira visita que fez à terra do pai, Pau Grande (Magé). Chovia muito e o carro em que estava rodou e caiu dentro do rio Imbariê, na Rodovia Rio-Magé, Elza ficou arrasada com a perda desse filho, sentido-se sem chão e motivos para continuar a viver, entrou em depressão e, em seguida, decidiu morar no exterior onde permaneceu nove anos, transitando entre a Europa e os Estados Unidos.  

"Não tenho medo de nada. Temos que ensinar o medo a ter medo de nós"

Em 1988 foi voltando aos poucos, assim, gravou o LP "Voltei", retornando definitivamente ao Rio de janeiro em 1994 com novas gravações, novo CDs e um livro com sua história, parte da história de Garrincha, Estrela solitária: um brasileiro chamado Garrincha, de Ruy Castro. Em seguida foi lançado o livro "Cantando para não enlouquecer", mais que um título, foi a fórmula de sobrevivência que, a cada tombo, inclusive um no palco com fraturas na coluna em 99, levou Elza Soares a compensar os desaforos da vida e a ressurgir. 

Em 1999, lançou o disco independente ao vivo "Carioca da gema", em novembro desse mesmo ano, participou do show "Desde que o samba é samba", em Londres , ao lado de Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa e Virgínia Rodrigues.

 

Em 2000 estreou o show "Dura na queda", no Teatro Glória do Rio de Janeiro. O show, cujo título foi tirado da canção homônima que Chico Buarque compôs em sua homenagem. Nesse mesmo ano, participou do CD "Cole Porter, George Gershwin - canções, versões", produzido e letrado por Carlos Rennó, onde dividiu com Chico Buarque a música "Façamos! (Vamos amar), versão para "Let's do it" (Let's fall in love), de Cole Porter. 

 

Em 2002, "Façamos! (Vamos amar), foi incluída como tema de abertura na trilha sonora da novela "Desejos de mulher", da Rede Globo.

Em 2000, foi premiada como "Melhor Cantora do Milênio" pela BBC em Londres, quando se apresentou num concerto com Gal Costa, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso e Virgínia Rodrigues. No mesmo ano, estreou uma série de shows de vanguarda, dirigidos por José Miguel Wisnik, no Rio de Janeiro.

 

Em 2002, o álbum Do Cóccix até o Pescoço garantiu-lhe uma indicação ao Grammy. O disco foi bem recebido pelos críticos musicais e divulgou uma espécie de quem é quem dos artistas brasileiros que com ela colaboraram: Caetano Veloso, Chico Buarque, Carlinhos Brown e Jorge Ben Jor, entre outros. O lançamento impulsionou numerosas e bem-sucedidas turnês pelo mundo.

 

Em 2004, Elza lançou o álbum Vivo Feliz,  o álbum continuou a executar o tema de fazer um mix de samba e bossa com música eletrônica e efeitos modernos. O álbum teve colaborações de artistas inovadores como Fred Zero Quatro e Zé Keti.

"Cada porrada que eu levo, cara, é como se fosse um beijo. Eu aprendi muito, cada vez que você leva uma queda, que é só caindo que você vai se levantar"
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"Sou como o dólar: sempre tenho prestígio“

Em 2009 dois documentários entraram em fase de produção sobre a vida e obra da cantora: um com direção da cineasta carioca Isabel Jaguaribe e outro, dirigido pela cineasta mineira Elizabete Martins Campos.

 

Em 2014 foi lançado My Name is Now, Elza Soares, que põe, literalmente, a diva diante do espelho a refletir em fragmentos sobre sua vida. O filme de Elizabete Martins consegue desse modo uma abordagem original sobre  uma das grandes cantoras brasileiras e também uma personagem superlativa, o documentário vem sendo ganhador de inúmeros prêmios em Festivais de Cinema  e elogiado pela crítica de todo Brasil.

Em 2010, gravou a faixa Brasil, no disco tributo a Cazuza - “Treze parcerias com Cazuza”, produzido pelo saxofonista George Israel, da banda Kid Abelha. Nesta faixa há a participação do saxofonista e do rapper Marcelo D2. Como grande amiga do artista, já havia gravado Milagres antes, inclusive apresentando-a ao vivo com o próprio Cazuza.

 

Também naquele ano, pela primeira vez a artista comandou e puxou um trio elétrico no circuito Dodô (Barra - Ondina). O trio levou o nome de A Elza pede passagem, arrastando uma grande multidão pelas ruas de Salvador no carnaval daquele ano.

Em 2011, gravou a música Perigosa, já cantada pelo grupo As Frenéticas, para a minissérie Lara com Z, da Globo. Também neste ano, gravou a música Paciência, de Lenine, para o filme "Estamos Juntos".

 

Em 2012, fez uma participação na música Samba de preto da banda paulista Huaska, faixa título do terceiro CD da banda.

No mesmo ano Elza começou a Turne "Deixa a Nega Gingar", o nome de um samba que ela gravou em 66 de Luiz Cláudio, onde acompanhada pelo DJ Muralha, a cantora apresenta o bom samba brasileiro com uma pega de jazz e sketchs vocais em show que incluiu sucessos como "Chove chuva", "Nega do cabelo duro", "Mas que nada", "Malandro", "Meu Guri", "Opinião", "Flor e Espinho", "A carne", entre outros.

"A música é a medicina da alma.A música nos leva a lugares que nunca pensamos ir"
"Eu não tenho raiva de ninguém e nem tenho mágoa de ninguém, como eu posso ter mágoa com este poder todo que Deus me deu para cantar?"

Em 2014, estreia o show A Voz e a Máquina, Nesse show, Elza faz a voz, e os arranjos musicais e batidas eletrônicas ficam por conta de Ricardo Muralha e Bruno Queiroz, que a acompanham com pads, tablets, teclados e outras ferramentas eletrônicas, misturando o samba com Drum & Bass, House e Techno. No repertório, canções como “Cálice”, de Chico, “Brasil”, de Cazuza e “Chega de Saudade”, de Jobim e Vinícius.

Nesse mesmo ano, a cantora fez uma série de maravilhosos espetáculos intitulada Elza Canta e Chora Lupicínio Rodrigues, em comemoração ao centenário do amigo, cantor e compositor gaúcho de marchinhas e samba Lupicínio Rodrigues, em novembro Elza gravou o DVD deste maravilhoso show em Porto Alegre, cidade de Lupi.

"Eu resisto à dor, à pancada, ao desafio, às humilhações. Para chegar ao ponto em que cheguei, como lutei? Negra, mulher, pobre...."

No ano de 2015, Elza Soares chega com uma novidade: o disco A Mulher do Fim do Mundo, primeiro álbum em sua carreira só com músicas inéditas. As canções do disco falam sobre sexo, morte e negritude, e foram compostas pelos paulistas José Miguel Wisnik, Rômulo Fróes e Celso Sim. Nos shows, a cantora vem acompanhada dos músicos Kiko Dinucci, Marcelo Cabral, Rodrigo Campos, Romulo Fróes, Felipe Roseno e Guilherme Kastrup, além da participação especial da banda Bixiga 70, do Quadril – Quarteto de Cordas e do cantor Rubi.  O álbum surgiu do encontro da cantora com a estética musical contemporânea de São Paulo.

Atualmente apresenta o show A Mulher do Fim do Mundo. O espetáculo e o disco homônimo foram aclamados pelo público e causaram enorme impacto na crítica brasileira, resultando nos prêmios de "Melhor Álbum", pelo Prêmio da Música Brasileira, de "Melhor Show Nacional", da Folha de São Paulo e do Estado de São Paulo, de "Melhor Álbum", pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Artes) e de "Melhor Álbum de 2015" e "Melhor Música de 2015" ("Maria da Vila Matilde") pela revista Rolling Stone Brasil.

 

Com direção-geral de Guilherme Kastrup, o espetáculo conta com um total de 15 artistas. Sentada em um trono metálico, a rainha negra permanece em meio a um cenário cercado por mil sacos plásticos de lixo preto, na concepção de Anna Turra, que assina cenário, luz e projeções, Elza contracena com o grupo Bixiga 70 Metais e com os cantores Rodrigo Campos e Rubi, além da banda composta por Kiko Dinucci, Marcelo Cabral, Rodrigo Campos, Guilherme Kastrup e Felipe Roseno.

"Parece que eu nasci agora, tudo meu é Now. Por isso digo que My Name is Now

“Este é só o começo.

Vem muita coisa boa vem pela frente".

 

  AGUARDEM...

Mas antes me diga uma coisa:

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QUANTAS
ELZAS
EXISTEM
POR AÍ?
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